José
Vitaque
O trânsito nos tempos dos coches
Foi-se o tempo em que havia tranquilidade
no trânsito de Barão. Ao invés de carros, ônibus
e motos, circulavam pelo Distrito, coches e bicicletas.
Você sabia que antigamente quem quisesse dirigir um coche
precisava tira uma carteira de habilitação? Pois bem,
aqui em Barão, José Vitaque foi um destes "motoristas
de coche" que teve sua carteira de habilitação
expedida em 19 de Dezembro de 1939.
O coche é um meio de transporte originário da cidade
de Kutzi ou Kotsce na Hungria. Foi neste País que foram fabricados
os melhores coches. Este meio de transporte, quando foi criado,
era uma carruagem de gala, com quatro rodas, assento para duas ou
quatro pessoas e uma plataforma ou tábua posterior onde iam
de pé dois lacaios chamados criados-de-tábuas. Ao
lado do cocheiro era levado um ajudante que abria as portinholas
e se chamava Trintanário. A parelha da frente podia ser guiada
por um Postilhão. Nas solenidades, usavam-se também
criados-de-rédea que guiavam pelas cambas do freios, os animais.
Nesta época existiam, também, côches-fúnebres
para enterros que eram chamados de estufins, ou seja, coches todos
envidraçados.
No entanto, quase na década de 40, os coches já não
tinham a mesma pompa do que na época de sua criação,
mas circulavam ainda pelas ruas da cidade como um meio de transporte
eficiente e que não ocasionava muitos problemas ao trânsito.
Juliana Iorio
Curiosidade:
O Museu dos Coches de Lisboa
Você sabia que em Portugal, mais precisamente
em Lisboa, existe o Museu Nacional dos Coches? Tal Museu foi criado
por iniciativa da rainha D. Amélia de Orléans e Bragança,
mulher de D. Carlos I, e instalado no edifício do Picadeiro
Real do Palácio de Belém, posteriormente adaptado.
Reunindo uma coleção única no mundo de viaturas
de gala e de passeio dos séculos XVII a XIX, na sua maioria
provenientes dos bens da coroa ou propriedade particular da Casa
Real portuguesa, o Museu Nacional dos Coches permite ao visitante
a compreensão da evolução técnica e
artística dos meios de transporte de tração
animal utilizados pelas cortes européias até ao aparecimento
do automóvel.
Para além dos arreios de tiro pertencentes às viaturas,
a coleção reúne ainda um conjunto significativo
de arreios de cavalaria, bem como fardamentos de gala e de serviço
aos coches, um núcleo de armaria e acessórios de cortejo
setecentistas.
Completam a coleção os retratos a óleo dos
monarcas da dinastia de Bragança, antigos proprietários
dos carros expostos, e um importante conjunto de documentos gráficos
composto por desenhos, gravuras e fotografias relacionados com as
peças ou com a história do museu.
Juliana Iorio
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